Desde setembro
Desde setembro
não escrevo algo que preste
A sensação já é algo de que não me lembro
(Talvez fosse dia onze)
Acho que foi em junho
Meu punho começou a ceder.
Foi quando parei de lutar
pelo que não acredito
As palavras não contraiam
mais ao meu comando,
Imaginei se algum dia o tive
Tentei recortar, mas perdi a cola
Tentei valsar, mas meu maestro foi embora
É esse calor que derrete meus neurônios
(e lá vou eu por a culpa nos outros)
Pois é, desde setembro
Parece a política brasileira:
doença intermitente.
A primavera
e logo depois a eleição
Trazem de volta
clichês maravilhosos
Que nunca vivi
Assim o tempo passa
E a vida também
Desbotada em seus versos
Já cansei de escrever tristezas
De sonhar sozinho
Cansei de me esconder
Atrás da palavra “clichê”
Ainda sou o mesmo
O mesmo idealista
Mas que agora tem por ideal
Deixar de lado
essa frescura de inspiração
E fazer acontecer
Junho vem aí!
Vitor Paiva Pimentel, Abril de 2006.
O Cortejo
Há 2 meses
7 comentários:
Oi, Vitor! Estou num momento antes do seu, ando meio desanimada, mas quero evoluir tb e ficar com vontade de mudar as coisas realmente. Espero que vc consiga perceber que vc não é apenas um sonhador e que tb realiza muitas coisas maravilhosas!
muitos beijos pra vc e Flávio
Opa! Que bela atualização! Estive fazendo o mesmo que você, relendo textos antigos meus (sim, de vez em quando me atrevo a escrever, mas só para mim, rsrs).
Engraçado, recentemente me deparei com um texto que trata um pouco desse jogo "inspiração x fazer acontecer". Mas eu realmente acho os momentos mais parados e tristes mais inspiradores. Se bem que registrar as alegrias é sempre gostoso para recordar...
Enfim!
Beijinhos pra você! :)
Parabéns para o nosso Bloguinho!!!
Um dia atrasado...mas o que vale é a intenção!!XD
Parabéns!!! hahaha
Adorei a comemoração!
Beijos e muita inspiração e criatividade pra vocês!
Parabens. Prefiro Junho, realmente.
Oi Vitor!
Agradeço pela tua visita lá no blog e acho que assim como tudo tem um tempo de ser e renascer, o memso acontece com nossas inspirações... Mas mesmo essa não se perde à toa, pois mesmo quando pensamos que não a temos, lá está a danada escondida.. Assim como nos teus versos!
:) Beijos
Foi bom tê-lo de volta!
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