Duas horas (ou uma vida)
O meu sofrimento é por
Não viver o caminho que estou...
Em silêncio cantando
Do Leme ao Arpoador
E dou logo um adeus
A tudo o que já se passou
Como o gênio da lâmpada
Em garrafa com tampa das
Horas escravo sou
Na auto-estrada da vida
Nada me intriga
Vivo sem tirar nem por
Depois de um escuro sem muro
Me vem à barra da boca
Um sorriso prêt-à-porter
Meio delirante me conta
de quem estou à mercê
E com o velho deitado
Passando ao meu lado
Já não me sinto sozinho
Chego em casa e escrevo
Um poema sem tema
Apenas curtindo o caminho
4 comentários:
Sim. Este é o caminho feito pelo ônibus 2113 - taquara/castelo.
Mas esse também pode ser o caminho de uma vida humana.
Infância, adolescência, juventude, vida adulta (em suas diversas fases) e a velhice.
É também, afinal de contas, o amadurecimento, ao longo do tempo, de um estilo de vida. Aquele em que o meio é mais importante que os extremos: o caminho, e não os pontos de partida e chegada.
Vc copiou o comentário da minha mente??
...
Me vejo sozinho
Já não tão sozinho
Sozinho eu estou
Me apoio nas horas
Que vaga lembrança
Que mui aglomera
Ó suor tão digno
Goteja a poesia
Que agora eu trago
Mas que só quem é vivo
Observa a beleza
Do sofrimento que é
Não viver o caminho
Não vivendo tão sozinho
Do sorriso que vier...
A musicalidade desse poema meu camarada me fez praticamente decorá-lo!!!
Adoro ler o que você escreve meu querido!
Que foda!!!! Só quem passou vários anos percorrendo esse caminho pra captar a profundidade dos versos! Abcs, Guga
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