30 de jul. de 2007

Quem sou eu?

Não sei quem eu sou
E ainda estou longe de descobrir
Deixo o conhecimento de si mesmo para outros,
Sábios, filósofos, poetas...
Todos estes que prezam a intelectualidade,
E sabem utiliza-la corretamente.
Porque esta má administrada,
Perde todo o seu brilho,
E termina cruzando a tênue linha
Que separa o intelectualismo da banalidade.

Portanto não me ocorre que eu,
Com apenas 17 anos de vida.
Seja capaz de chegar precisamente
Ao âmago de minha essência.
E num processo de mimesis,
Expor a todos que desejam saber:
Os meus mais profundos sentimentos,
As mais dolorosas recordações,
E os mais vis pensamentos.

E além do mais do que me adiantaria?
A vida muda em cada segundo,
E eu não difiro em nada.
Sigo essa constante e nela creio cegamente.
Logo, responder a pergunta:
Quem sou eu?
Para mim é pura perfídia
E pior, é quem acredita em suas próprias respostas,
E passam a ser nada mais do que aquilo escrito.
Não, não serei como esses.
Nem tão pouco como os que não passam de adjetivos,
E complexamente destroem a alma do substantivo:
Eu!

Nisso sinto um profundo pesar por Descartes,
Sartre, Freud...e tantos outros filósofos.
E todas suas idéias deturpadas.
Caindo por terra em apenas uma pergunta!
E seria muito lembrar ainda de:
“Penso, logo existo.”?
Sim, seria!Pois somos adjetivos
E disso não passamos!

Mas, que seja...
Ou talvez eu que não seja assim,
Ou eu nem seja o que sou!
E tudo que digo não passe de enganação,
Afinal, eu não sei quem sou.
E mesmo que soubesse,
Não acredito que eu fosse muita coisa.

E quem eu não sou, eu sei responder!
Nada de diferente,
Nada de inexplicável!
Porém em mais profundo segredo.
Vos digo que a chave está no que escrevo,
Pois, nada sou além do que este poema,
Simples, sem grandes intenções,
E banal aos olhos da maioria,
Mas com um gosto especial a aqueles que o compreendem!

3 comentários:

Anônimo disse...

Consigo ver claramente que esse texto é antigo. Você já mudou bastante desde então. Mas acho que, mesmo assim, você está quase todo aí: um raro momento de auto-explicação.

De fato, está tudo explicado sem meias palavras. Eu só comentei porque sou chato...
abraço,
Vitor

Anônimo disse...

*"E pior, é quem acredita em suas próprias respostas,
E passam a ser nada mais do que aquilo escrito"*


incrível
verdadeiro

saudades de vocês
saudades daqui
desse lugar
santuário
nosso santuário


=*

Anônimo disse...

Olá, Flávio.
Achei seu link na Parceiros.
Beleza seu blog. Ótimos textos.
Escrevo poesias.
Venha me fazer uma visita qualquer hora. Vou linkar o seu blog no meu ok? Um abraço.