20 de abr. de 2007

No meio

No meio

...
_Então você diz porque sim...
_Sim!
_Resumes tudo numa afirmação!?
_Não...
_Então negas e
Consideras uma devoção!
_Eu!?
_Meus Deus...
_O quê !?
_Cinismo...
_Não, abismo...que se esconde...
_Aonde!?
_Em frente às favelas, de um povo que reza, e também se confessa
Que pensa que é gente mas gente não sente
Que acha que é, mas só interpreta
O que dizem que Deus quer...mas este mesmo despreza...
_Pausa...Me diz isso como algo que se entende
E ainda por cima não se arrepende!?
Você considera tudo sua ciência...
Sua social ciência...e assim se esquece...
Dos fatos de antes...da vida de antes
E acima de tudo...da Divina Providência...
_ Não seja sonhador...dor...dores deveras...
E você me fala das vidas como se fossem primaveras!?
_Ah quem me dera ser sonhador e não enxergar a dor
Fruto que me dilacera,
E que ao sorrir me diz:
Que não sou apenas esta tão frágil...matéria...
_Inconseqüente!
_Mentes!
_Direito à vida!
_Que viva!
_Adquirida!
_Admitida!
_Mentira!
_Verdade!
_Pedaço!
_Eternidade!
...

5 comentários:

Anônimo disse...

...
- Só é eterno enquanto dura!

(para mim, essa seria a proxima resposta do interlocutor cético)
Acho engraçado a forma romântica de fazer uma critica social - ela vem embutida numa critica filosofica. Acho que a ela deve ser mais contundente, mais direta. Mesmo assim, é sempre um exercício estimulante reinventar a roda!
abraço!

Unknown disse...

Adorei!!!
meu primo é realmente um poeta!!

=]

beijos

Anônimo disse...

belissimo.

incrivel como c usou as palavras e pareceu que elas nasceram uma para cotrapor outra, uma para contrariar e fazer a outra torcer o nariz.

fico uma rima livre e bela.
gostei muito.


************

eu vou voltar.
não percam as esperanças em mim.

Mari

************



carpe vita

Késia Maximiano disse...

belissimas palavras...
bjosss

Anônimo disse...

Leitura desafiante, lindo poema!!!