12 de mai. de 2006

Opa gente...Já é hora de atualizar!Então aí vaimais um poema.Bem, esse era o texto com que eu pretendia abrir o blog, porém, o Vitor foi mais rápido e postou o outro sem me avisar...Nenhum problema o "Teatro" até que abriu de forma bem lúdica.Porém, agora vamos a outro estilo de poesia.Nesse poema de forma bem simplificada eu vou ,a cada estrofe mais ou menos, contando as fases da literatura brasileira.É claro que não é nada muito profundo ou detalhado, mas sei lá eu quis fazer um poema sobre isso e fiz ué!?Espero que gostem!
P.S:Ah, tem umas citações bem legais no poema, espero que gostem...mas sinceramente tem algumas que tenho certeza que quase ninguém vai perceber!Por exemplo:"Varando os céus de gritos!".Verso propositalmente parecido com o do poeta simbolista Cruz e Sousa no poema "Litania dos pobres".Bem...é isso.

As histórias da minha terra

Nessa terra inconstante que se planta,
Todos os futuros destinados.
Há paixões puras em desatino,
Com um mundo recheado de pecados!

Há dinheiro, há riqueza
Prata ,ouro, tristeza.
Que laços tão delicados,
Nos une em torno de tais proezas?

Seria a história?
Contada por uma voz abatida e rouca?
Mas quem descreves a tua linha
Com capítulos e personagens,
Molhados em pena tão louca?

A Arcádia já se foi no tempo,
No tempo que ainda se desenrola.
E agora Nise, Cláudia e Bárbara,
Choram por prados de outra hora.

O Romantismo foi declarado morto,
Morto, sepulto e degredado!
Fora de idade que morreste?
Ou fora de poetas condenados?

A alma cresce, a terra enobrece,
Porém, uma sociedade que esmaece.
E diante de tais contradições,
Realistas por toda parte!
Com os olhos voltados a terra,
Com os corações mergulhados em arte!

E agora terra,
Que fazem da tua beleza?
Fazem ciência, modernidade
E por mais bela que seja,
Não escapa das desigualdades.
E dos gritos de uma revolução,
Que ardem no peito da humanidade!

Mas, nesta terra que tudo cresce!
Revolução não acontece.
Mas arte ainda há!
E o poeta cansado de trabalhar (para outros)
Agora escreve para si mesmo.
E tem sua vida como enredo,
A se desenlaçar por entre os dedos!

E tempo vai, terra fica.
Ainda sem luzes para as feridas,
Nem vento que te leve,
Esta capa de perfídia!

Mas e agora terra, o que sois?
Sois a arte simbolista,
Sois pura metafísica!
Sois o homem ainda perdido,
Varando os céus de gritos!

Tantos sonhos despedaçados!
Em augusto prado e doce orvalho,
Por cima dos ombros das musas belas!
Pela cabeça de mulatos em favelas!

E nesses dias de poesia moderna
Arde uma doce chama eterna!
Será Pasárgada que se proclama
Ou Carlos Drummond que nos encanta?

É chegado nossos dias,
Sem parede, sem teto, sem relento,
Uma forma final de se expressar,
Um derradeiro grito de esperança pelo ar!

Ai!Esperança que reaparece
Vinda no vento que a renova.
Mas, saiba, luzes dessa vida,
É este mesmo vento que vos assopra...

13 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom Flávio... apesar de eu não ter conseguido assimilar muitas das tuas analogias...não que você não saiba fazê-lo... é conseqüência do meu conhecimento muito superficial de literatura...mas parabéns pelo blog de vocês! O espírito da coisa é louvável! Forte abraço para vocês dois e um beijão pra Mari!

Anônimo disse...

Adorei o novo final!
depois eu comento com mais calma, que esse texto é "TDB" huahuahauhaua
abraço!

Anônimo disse...

poxa!


aaaaaaa...você colocou esse texto!!!
eu pensei que era outro!..
aaa..fiquei feliz..eu adorei e adoro esse texto!

Li para a minha mãe..ela parabenizou você !! E li o do Vitor também para ela..

Ela disse que gostou, e admira nos palavras maduras e tão cheias de energia.

rs

Gostei do seu texto por ele faz homenagens e é um texto inteligente.

E a dica que dou para você é a mesma que me deu:evolua!


E mais: não tente,consiga!


Um beijo.Flávio...

"Perdi o dia,mas ganhei o mundo
(Mesmo que seja em trinta segundos)"- Brito


Bem carpe diemiano, não acha?
rs

P.s.: um neologismo!

rsrs


Até

Anônimo disse...

tah mt lindo, original..ah...mt show....a unica coisa q nu meh original eh o meu comentario, neh..q nunca consegue sair disso!
rsrs
bejuxxx
fernandinha

Anônimo disse...

como sempre vc e seu gosto (e don) pra escrita neh flávio??!
hehehehe
retratando e criticando a realidade da maneira mais humana possível.
lindo d+,mais uma vez te parabenizo amigo!!
grande bjo

Anônimo disse...

Flávio!
grande flá flá!
blz cara?
dps de muito tempo eu consegui chegar aqui!
grande texto!
cuidado pq senão vc vai acabar virando alvo de professores de português no futuro e membro da academia brasileira de letras uhahua
Alberto estaria feliz...
mas não se esqueça..
"minha terra é a terra que é minha
e sempre será"
huauhuaha
abração cara!
prometo comentar logo em breve com mais palavras interessantes!

Anônimo disse...

E aí Vitor, blz irmãozinho? hehehe
Pô eu falei q vinha, apesar de ter demorado um pouquinho, mas cá estou né...
Gostei dos poemas, vcs escrevem muito bem e é bom saber q a literatura ainda tem importância nos dias atuais.
Continue assim, garoto!
Parabéns aos outros diretores.
E o churras, sai ou não? rs
Bjãooo!!!

Anônimo disse...

Mto maneiro!!!
Continua assim Flávio, você tem jeito para isso!
Bjus!

Anônimo disse...

Se a literatura fosse ensinada com base nesse seu poema, Flávio, talvez fosse mais parecido com o que é a literatura, afinal! =)

Parabéns pelo lindo poema. Vou ter que mostrá-lo pra minha mãe!

Meninos, estou com muitas saudades de vocês, sabiam? Desculpem a ausência... =/ Agora está meio difícil, morando longe, de estar presente de corpo, mas saibam que estarei sempre presente em alma e coração!

Beijinhos,
Kinha

Anônimo disse...

Oieee!! Tudu beimmm ?
lalalala

vo levah a naty ateh aih !

relex

hauhauaha..


poe musica nu seu blog ...

pra fika mais lekau \o

hauhaua

num ki naum stejah lekau .

hauhauha

=D


Bye Bye kixx*xx**~~

Monalisa Marques disse...

"Molhados em pena tão louca?"
Visualizei uma pena num pergaminho.
Ok, ok. Vá explicar. ^^
Sempre quis ter uma antecessora da caneta, eis um dos meus traumas.

Adorei o poema.
Já tinha vindo aqui antes, mas como era muito tarde e minha concentração estava prejudicada, resolvi ler depois. Seus poemas são grandes e muito bons. Lê-los "à levantú" (huauahuahuhuha) é um desperdício.

Abraços.
E viva as palavras.

Anônimo disse...

Hã...Monalisa...q bom...vc visualizou certo...era isso mesmo q eu queria passar...algo lúdico sabe...a história sendo contada por palavras...e a pena é um objeto histórico neh?Eu achei q as pessoas tinham entendido!

Anônimo disse...

Eu li uma vez e senti falta do barroco! Ai depois pensei que ele esta no verso "Contada por uma voz abatida e rouca"... estou certo?

Tem uma coisa que eu achei um tanto estranha... vc fala em modernidade logo aqui:
"E agora terra,
Que fazem da tua beleza?
Fazem ciência, modernidade"
mas ainda nao tinha chegado a vez do modernismo. Essa estrofe refere-se a o que? (depois dela veio o parnasianismo, certo?)

O augusto prado é uma citaçao bem clara! doce orvalho é citaçao de alguma coisa?

E achei que o final com os nossos dias ficou simplesmente perfeito!
Eu queria muito ter escrito esse verso:
"Sem parede, sem teto, sem relento,"

E achei interessante também você se incluir como poeta dos nossos dias no ultimo verso, mostrando na pratica a renovaçao da poesia!

bom... ja falei demais por hoje, ne?
abraço Fla fla!!! parabens!