Michael Jackson e a agenda
A morte de Michael Jackson movimenta a mídia desde a semana passada. Eu estava no meio de uma conversa quando minha interlocutora foi interrompida pelo celular. Era uma amiga dela, ligando para contar o chocante fato. Não quero aqui discutir o indiscutível talento do astro, nem suas bizarrices depois da fama. Quero discutir o hoje, o dia depois da morte.
Duas notícias me chamaram atenção: três dos discos do Michael voltaram com força total à lista dos mais vendidos da amazon algumas horas depois; o Google registrou busca pelo seu nome como ataque cibernético, de tantas que foram.
Chego a especular como seria engraçado ele de fato não ter morrido. Depois de ser negro e "virar branco", não seria difícil fazer uma superplástica, virar outra pessoa e sumir do mapa, enquanto a sua obra estoura na mídia e ele (e seus empresários) ganham rios de dinheiro. Ok ok, é bem conspiratório isso. Mas eu só quero atentar para o fato de como a morte pode ser usada (talvez incidentalmente, tudo bem) para promover o que se quer promover. Desviar a atenção de assuntos mais importantes...
Na verdade é uma certa inquietação minha. Sempre acho que a agenda dos meios de comunicação é feita para nos entreter (quanto a este primeiro ponto não há a menor dúvida, pois que ela é feita para vender jornal ou espaço publicitário), enquanto o mundo de verdade rola la fora. Em todo e qualquer fato, insisto em perguntar: Cui bono? Porque é juntando essas pequenas pecinhas que podemos ter alguma vaga idéia do mundo. Ou talvez seja porque eu me sinto atordoado com o volume de informação a que estamos expostos diariamente.
A morte de Michael Jackson movimenta a mídia desde a semana passada. Eu estava no meio de uma conversa quando minha interlocutora foi interrompida pelo celular. Era uma amiga dela, ligando para contar o chocante fato. Não quero aqui discutir o indiscutível talento do astro, nem suas bizarrices depois da fama. Quero discutir o hoje, o dia depois da morte.
Duas notícias me chamaram atenção: três dos discos do Michael voltaram com força total à lista dos mais vendidos da amazon algumas horas depois; o Google registrou busca pelo seu nome como ataque cibernético, de tantas que foram.
Chego a especular como seria engraçado ele de fato não ter morrido. Depois de ser negro e "virar branco", não seria difícil fazer uma superplástica, virar outra pessoa e sumir do mapa, enquanto a sua obra estoura na mídia e ele (e seus empresários) ganham rios de dinheiro. Ok ok, é bem conspiratório isso. Mas eu só quero atentar para o fato de como a morte pode ser usada (talvez incidentalmente, tudo bem) para promover o que se quer promover. Desviar a atenção de assuntos mais importantes...
Na verdade é uma certa inquietação minha. Sempre acho que a agenda dos meios de comunicação é feita para nos entreter (quanto a este primeiro ponto não há a menor dúvida, pois que ela é feita para vender jornal ou espaço publicitário), enquanto o mundo de verdade rola la fora. Em todo e qualquer fato, insisto em perguntar: Cui bono? Porque é juntando essas pequenas pecinhas que podemos ter alguma vaga idéia do mundo. Ou talvez seja porque eu me sinto atordoado com o volume de informação a que estamos expostos diariamente.