18 de mai. de 2008

Capitalismo

Capitalismo II

Não concordo com a visão do capitalismo como um roubo do post anterior. Por isso, resolvi contar uma historinha.

Era uma vez um fazendeiro tinha em frente a sua casa um buraco elameado. Durante muito tempo, com pena dos viajantes que frequentemente atolavam neste buraco, usava seu gado para desatolá-los. De tanto praticar esta ajuda ao longo dos anos, o fazendeiro começou a achar justo cobrar uma pequena contribuição dos viajantes por seus serviços. Aos poucos, ele foi abandonando o cuidado da fazenda e se especializando em retirar os atolados do buraco. E assim sustentava sua família.

Eis que uma estação muito seca acabou com a lama do buraco. Isto foi um grande choque para receitas as receitas do fazendeiro. Depois de refletir um pouco sobre esta nova situação, ele bolou um plano: ao escurecer, ele buscava água nos riachos próximos e elameava o buraco novamente. Assim, ele mantinha o buraco em frente a sua casa em condições comerciais ativas para continuar gerando-lhe a renda com a qual sustentava sua família.

Referencia: CRUZ, M. F. "A essência do pensamento Econômico e Social de Thorstein Veblen: seu Ponto Arquimediano". Rio de Janeiro: IE-UFRJ, 2008. Mimeo.

5 comentários:

Unknown disse...

Nossa, Vitor! que historinha macabra, hein? também não concordo que seja um roubo, mas tudo isso se baseia em valores, porque o fato está contido na sua explanação e não tem juízo de valor; "roubo" é apenas um categoria socialmente instituída, então o que é roubo pra mim, pode não ser para outro. Aliás, Veblen... Vidrou nesse cara, né??

Anônimo disse...

Ninguém conta o fato dele ter se descuidado da fazendo para ganhar dinheiro com o que era, aparentemente, muito mais fácil, se aproveitado de necessidade óbvia do outro, né? E o pior, ainda criando essa necessidade. Credo.

Anyway, eu também não vejo a palavra "roubo" como o common sense... :]


Ei, namorado! Amo você. :]

Anônimo disse...

Interessante, e moralmente condenável. no fundo, ele é um brasileiro muito do esperto.

=*

Flávio disse...

Legal!Mas, ainda assim roubo. E na fase atual do capitalismo dizer que o lucro obtido pelos principais grupos capitalistas serve apenas para a subsitência é surreal. Gostei do texto, mas mantenho a minha visão!

Anônimo disse...

roubo, é uma palavra forte,né?
talvez nem tanto, ela aparece tantas vezes em nossos jornais, assusta mas continua a aparecer e cada vez mais.


olhando de longe e de cima, parece errado o que o fazendeiro está fazendo.
mas eu não estou lá, lado a lado,não percebo que é melhor desatolar do que continuar como mero fazendeiro.
ou então, qnd ele busca água.
mesmo assim, a atitude dele não é a mais correta.

eu lendo a história imaginei que ele iria criar um pedágio e cuidaria das estradas.
viagei.rs




um beijo,Vitor.
você ainda continua colonado nossas cabeças para pensar