29 de abr. de 2007

Direito de Resposta

Direito de Resposta

Para ler este texto você deve ter lido o anterior. Talvez não necessariamente ter entendido, porque isso nem eu (que estou representado ali habilmente pelo Flávio) acho que consegui. Sei que não conseguirei responder a altura, porque o nível aqui subiu! Mas darei o meu melhor. Eu sou estou é claro representado no primeiro que fala... é talvez uma conversa que já tive com o Flávio, ou o meio dela. Peço direito de resposta!

(...)
- Efêmera!
- Quimera!
- Que me dilacera se eu não tentar.
Encontrar por meios próprios – seja a social ciência, seja por completa incompetência – a verdadeira mentira. Que se atira do sétimo andar. Cai. E, para ti, se esconde, longe do nosso alcance, no céu.
- Porque não tiras o véu? Cegas a ti mesmo por amor a que? O Romântico aqui sou eu...
- Cego-me por medo, confesso. E não me arrependo.
- Cinismo
- Não, abismo... que se revela. Que me revela. Como apenas mais um do povo. Povo que talvez reza, talvez calcula, talvez não procura, mas nunca se entrega. Inabalável em sua fé.
- Fé em que?
- Não importa. A fé basta-se, intransitiva.
- Divina Providência?
- Ou seja lá em que barco queiras me colocar. Posso colocá-lo em qualquer barco também! Mas, de um jeito ou de outro, estamos juntos! Estivemos e estaremos! Juntos!
- Para a eternidade...
- Efêmera!
(...)

*Parati é o nome de uma cidade fluminense que tem seu nome em homenagem a um Peixe Branco, seu significado em Tupi (or not Tupi?). É a cidade que cedia a Festa Libertária Internacional.

20 de abr. de 2007

No meio

No meio

...
_Então você diz porque sim...
_Sim!
_Resumes tudo numa afirmação!?
_Não...
_Então negas e
Consideras uma devoção!
_Eu!?
_Meus Deus...
_O quê !?
_Cinismo...
_Não, abismo...que se esconde...
_Aonde!?
_Em frente às favelas, de um povo que reza, e também se confessa
Que pensa que é gente mas gente não sente
Que acha que é, mas só interpreta
O que dizem que Deus quer...mas este mesmo despreza...
_Pausa...Me diz isso como algo que se entende
E ainda por cima não se arrepende!?
Você considera tudo sua ciência...
Sua social ciência...e assim se esquece...
Dos fatos de antes...da vida de antes
E acima de tudo...da Divina Providência...
_ Não seja sonhador...dor...dores deveras...
E você me fala das vidas como se fossem primaveras!?
_Ah quem me dera ser sonhador e não enxergar a dor
Fruto que me dilacera,
E que ao sorrir me diz:
Que não sou apenas esta tão frágil...matéria...
_Inconseqüente!
_Mentes!
_Direito à vida!
_Que viva!
_Adquirida!
_Admitida!
_Mentira!
_Verdade!
_Pedaço!
_Eternidade!
...

15 de abr. de 2007

NowHere

NowHere

A glass of wine was poor down
Painting red your white dress
Truth is now unveiled
But my eyes refuse to see

I don’t know what’s going to be found
(Won’t you come around?)
Truth is to the eyes like the underground
(Have I lost in the first round?)

Defines a new way to face life
The skies, once blue, are now red and white
My soul can’t rest in peace anymore
The streets of my dreams lead ashore

(…)

A whisper I hear
From somewhere I cannot reach
Then I have figured out
This road ends nowhere

- And my dream is to be there…


Comentários pessoais:

Esse texto surgiu meio que sob encomenda. E como normalmente acho os espontâneos melhores, esse se saiu bem! É uma letra de música. As partes entre parentesis são os backing vocals... Eu nunca tinha escrito antes nada em inglês com qualquer tipo de pretenção poética. Acho que experimentar formas diferentes de linguagem é o objetivo do blog. E a proposta vem sendo seguida!

Eu tinha na cabeça, quando o escrevi, falar sobre o medo de se entregar a alguém quando da quebra do amor "platônico", enfrentar esse medo de uma forma positiva no final. Mas a Érica quando leu há algum tempo, disse: "Eu vejo um pouco como se deparar com a realidade... a perda da inocência. Mas no sentido de ver os dois lados das coisas, e não só o lado do sonho, do belo..." O que é mais ou menos a mesma coisa, só que num sentido ampliado que torna o texto muito mais interessante do que eu tinha imaginado. Acho maravilhoso imaginar a força das diversas interpretações, como elas exercem um papel extremamente ativo na leitura, mudam o texto, o ampliam, ou eventualmente o reduzem, como na leitura pseudocientifica que tentei fazer na postagem anterior (do dia 25 de Março). E ainda é legal perceber que a interpretação pode nos dizer muito sobre a pessoa que interpreta, como no claro raciocínio dialético que a grande senhorita Kika fez!
Eu ando falando muito de amor nos últimos posts... tenho que variar os temas senão vocês vão acabar perdendo a paciência. Por fim, quero estabelecer o compromisso de postar toda semana!!! Um grande abraço aos meus poucos mas fiéis leitores!

P.S.: Eu e minha velha habilidade de escrever mais no comentário do que no próprio texto! Trálálá!