Eu podia falar da falta de tempo dos meus companheiros de blog, mas acho que tempo já um assunto bem discutido aqui nesse blog, então decidi aproveitar a deixa para falar dos nossos outros companheiros.
Os lá do planalto central, ou até dos daqui do palácio Guanabara
Falar de política é sempre muito complicado. Há os que gostam e ficam cegos e os que odeiam e... idem! também se fazem de cegos.
Quando se entra para a faculdade um dos primeiros choques é a natureza do movimento estudantil. Mas não é da minha desilusão com ele que resolvi falar. Falei disso só porque lembrei que, ao discutir o tema politica com um parceiro no sujinnho (o querido bar da praia vermelha) cai na besteira de dizer que tenho tendencias para o centro, e que perto deles eu seria de direita. E eles ficam me zuando e/ou olhando de cara feia.
Algum tempo depois mostrei minha insatisfação com o fato (que se repetia), e obtive a seguinte resposta: "Cara... relaxa. É que nem se estivessemos discutindo futebol: eu sou vasco, você, flamengo". Enguli o comentário e não parei para analisar o seu real conteúdo.
Hoje ele me veio a cabeça de novo, num estalo.
O grosso do debate político é mesmo igual à discussão ruim de futebol (porque em ambos os casos, existem discussões produtivas): uma disputa obsessiva de acusações e dados mirabolantes que cansam a inteligência. Ou, o que da no mesmo, um jogo de futebol com torcidas cegas que se recusam a enxergar as faltas duras do próprio time e os méritos do adversário(em alguns casos, inimigo mesmo!)
Eu venho aqui ao meu blog declarar meu voto para presidencia: nulo.
E pode criticar a vontade. Para mim esse debate equivale a assitir vasco e palmeras (eu sou Flamengo, para quem não sabe). Não gosto de nenhum dos dois times, então tanto faz quem ganhe. Se vejo, é para saber qual é a conseqüência disso na tabela do campeonato (ou até por gostar do jogo, apesar de esse motivo no futebol e na politica tupiniquim não seja muito considerável, apesar de estar melhorando).
Sei que há entusiastas de ambas as candidaturas. A galera lá da sala desfila com bandeiras do Alckmin (bandeiras como as que fazem o show que é torcida no maraca!) ou com adesivos de "Lula de novo com a força do povo". Nenhum dos dois me empolga. E me recuso a entregar minhas emoções à uma causa que não acredito. Me recuso a votar no "menos pior"; me recuso a votar por medo oportunista das privatizações; me recuso a votar porque a midia nos mostra a ponta do iceberb de corrupção que é o estado brasileiro; me recuso a votar por falta de opção.
E não me venha falar de voto obrigatório... isso são outros quinhentos!
Aliás, votar nulo é como não votar se o voto não fosse obrigatório, com o diferencial de o assunto partir de uma decisão consciente cara a cara com a urna, e não por preguiça mental ou comodismo (para os entrelinhistas: eu realmente concordo com o voto obrigatório, e pode vir pro debate, que ele é interessante!) Quem prestou a minima atenção no assunto análise combinatória do ensino médio deveria saber que não escolher é uma escolha tão valida quanto qualquer outra. Mesmo que as pesquisas e o TSE considere isso como um voto "não válido". Nesse caso, eu fico com a matemática! O direito infelizmente falha nesse quesito...
Enfim, no âmbito político, seja qual for a vontade da maioria, me curvarei à ela. E pode deixar que quando (re)começar as merdas eu não vou ficar com aquela cara arrogante de que não "votei nesse cara". Não é esse o motivo. O meu fato é: nenhuma dessas opções me empolgam, nem ao menos me agradam.
Essa é só a MINHA opinião. Se você vai votar em alguém, ao menos o faça com gosto, com um sorriso no rosto! E não com aquela cara de aborrecida por acordar cedo no domingo, encarar fila e muito menos com um saquinho de vômito do lado...
O Cortejo
Há 2 meses