Conteúdo e Forma
Ando em busca de uma definição de arte. Mais que uma definição, na verdade necessito (é uma questão particular) de um conceito.
Estive olhando aqui no blog, e vários textos tangenciam o assunto. Caso se interesse, eu poderia mencionar, numa listagem não exaustiva "Banalidades e Onirismo", "Primogênitos Desgraçados", "Poesia é Código", "Desde setembro" e "Arte!?".
Foi uma desenhista indústrial que falou, bem en passant: "o conteúdo é indissociável da forma".
Bingo. Isto foi mais de dois meses atrás, e a frase não saiu da minha cabeça.
[Nota: eu escrevo textos para tentar me livrar dos assuntos]
O meu conceito de arte envolve, portanto, forma e conteúdo. Eu consigo imaginar forma sem conteúdo; aliás, é muito fácil: estudos de virtuosidade para piano, filmes do Quentin Tarantino.
Mas o contrário. O contrário é indissociável. Não existe artista que prescinda da técnica, de toda a técnica. Se houvesse uma forma de transformar sonhos em arte, essa forma já seria a técnica. Não foi por acidente que eu disse "se houvesse uma forma". Infelizmente, para fazer arte, é preciso dominar algum intermediário, algum caminho que permita que o tamanho do seu sonho seja transmitido aos outros.
Na arte, para mim, o fundamental é o conteúdo. Alguém que desenvolve somente a forma não é artista. Talvez artesão. Talvez desenvolva uma técnica que será usada por um artista. Mas quem desenvolve só a técnica não faz arte.
Para além do artista, há o artista genial: aquele que revoluciona a técnica fazendo arte.
Mas falta alguma coisa. Essa alguma coisa é a mesma que me falta para o conceito de amor. Amor significa carinho, tesão, companheirismo, amizade e... algo mais. A autora do blog palavrório [só procurar nos diretores recomendados ali à esquerda] define isso como o intexterível, o que não dá para fiar em palavras.
É uma conclusão romântica, eu sei. E metafísica. Mas veja, há uma diferença crucial: não é possível se atingir o cerne do mistério sem dominar a razão, a forma, a técnica. Da mesma forma que o amor não é possível sem amizade, tesão, companherismo, carinho. Arte e Amor são conceitos muito próximos, pois comungam do intexterível.
P.S.: Uma questão de forma. Já está muito tarde e estou com preguiça de por os links bonitinhos para os textos citados; farei-o em outra oportunidade.
Ando em busca de uma definição de arte. Mais que uma definição, na verdade necessito (é uma questão particular) de um conceito.
Estive olhando aqui no blog, e vários textos tangenciam o assunto. Caso se interesse, eu poderia mencionar, numa listagem não exaustiva "Banalidades e Onirismo", "Primogênitos Desgraçados", "Poesia é Código", "Desde setembro" e "Arte!?".
Foi uma desenhista indústrial que falou, bem en passant: "o conteúdo é indissociável da forma".
Bingo. Isto foi mais de dois meses atrás, e a frase não saiu da minha cabeça.
[Nota: eu escrevo textos para tentar me livrar dos assuntos]
O meu conceito de arte envolve, portanto, forma e conteúdo. Eu consigo imaginar forma sem conteúdo; aliás, é muito fácil: estudos de virtuosidade para piano, filmes do Quentin Tarantino.
Mas o contrário. O contrário é indissociável. Não existe artista que prescinda da técnica, de toda a técnica. Se houvesse uma forma de transformar sonhos em arte, essa forma já seria a técnica. Não foi por acidente que eu disse "se houvesse uma forma". Infelizmente, para fazer arte, é preciso dominar algum intermediário, algum caminho que permita que o tamanho do seu sonho seja transmitido aos outros.
Na arte, para mim, o fundamental é o conteúdo. Alguém que desenvolve somente a forma não é artista. Talvez artesão. Talvez desenvolva uma técnica que será usada por um artista. Mas quem desenvolve só a técnica não faz arte.
Para além do artista, há o artista genial: aquele que revoluciona a técnica fazendo arte.
Mas falta alguma coisa. Essa alguma coisa é a mesma que me falta para o conceito de amor. Amor significa carinho, tesão, companheirismo, amizade e... algo mais. A autora do blog palavrório [só procurar nos diretores recomendados ali à esquerda] define isso como o intexterível, o que não dá para fiar em palavras.
É uma conclusão romântica, eu sei. E metafísica. Mas veja, há uma diferença crucial: não é possível se atingir o cerne do mistério sem dominar a razão, a forma, a técnica. Da mesma forma que o amor não é possível sem amizade, tesão, companherismo, carinho. Arte e Amor são conceitos muito próximos, pois comungam do intexterível.
P.S.: Uma questão de forma. Já está muito tarde e estou com preguiça de por os links bonitinhos para os textos citados; farei-o em outra oportunidade.