O Mártir da Liberdade
Ele queria a Liberdade, a mais pura e cândida Liberdade. Mas todas as suas tentativas esbarravam no Outro.
À todas as Suas ações, o Outro inevitavelmente reagia. Talvez não seguindo a Terceira Lei de Newton, talvez não seguindo a distribuição de probabilidades de Gauss, mas reagia. Por conseqüência, Sua Liberdade não era plena, pois sempre teria que se defrontar com a reação do Outro.
Foi então que percebeu a sutil cilada: a inexistência de Liberdade era condição intrínseca à vida. Se agisse no momento zero, o Outro reagiria no momento um, e sofreria as conseqüências desta reação no momento dois.
Concluiu, em sua lógica inabalável, que a única forma de ser livre era não viver, pois não estaria mais presente quando o Outro reagisse à notícia de seu derradeiro ato de Liberdade.
Ele queria a Liberdade, a mais pura e cândida Liberdade. Mas todas as suas tentativas esbarravam no Outro.
À todas as Suas ações, o Outro inevitavelmente reagia. Talvez não seguindo a Terceira Lei de Newton, talvez não seguindo a distribuição de probabilidades de Gauss, mas reagia. Por conseqüência, Sua Liberdade não era plena, pois sempre teria que se defrontar com a reação do Outro.
Foi então que percebeu a sutil cilada: a inexistência de Liberdade era condição intrínseca à vida. Se agisse no momento zero, o Outro reagiria no momento um, e sofreria as conseqüências desta reação no momento dois.
Concluiu, em sua lógica inabalável, que a única forma de ser livre era não viver, pois não estaria mais presente quando o Outro reagisse à notícia de seu derradeiro ato de Liberdade.
O Outro chorou, passou algumas noites em claro; mas Ele não estava mais lá para ver, ouvir, sentir... eliminara o momento dois.
E a Vida? Continua. Sem Ele.
E a Vida? Continua. Sem Ele.